Agência Parceira: RGB Comunicação

COMO SUPERAR A CRISE FINANCEIRA

Em momentos de incertezas econômicas e duvidosas quanto ao cenário político, o impacto tem refletido negativamente no caixa das empresas e o momento adverso afeta também os relacionamentos societários e familiares. Empresas quebram e pessoas adoecem.

Você está se sentindo assim? Pressionado pela crise e incapaz de encontrar uma solução? Conhece alguém nessa situação?

Eu sei o que é isso, pois atuo no mercado econômico e financeiro, na organização, reorganização e estruturação de empresas a mais de 35 anos, atuando também na esfera jurídica, como administrador judicial e de forma acadêmica como professor. Também tive um desses momentos onde tive que “cortar na carne” para sobreviver e por isso entendo a dificuldade que muitos estão atravessando. Mas frisem a palavra “atravessando”, pois, a ponte que liga o lado da crise ao lado da superação tem uma esteira chamada tempo, que mesmo que você não faça nada, te leva ao outro lado. Porém, o não fazer nada pode te levar a um abismo onde a queda pode causar impactos graves e irreversíveis. Sendo assim, é melhor agir planejando o trajeto, mesmo que a reflexão sobre ele lhe roube noites de sono.

A forma mais tranquila está em planejar e compartilhar suas dores.

Como sair da crise financeira:

O primeiro passo é admitir que há um problema e procurar entender o real tamanho e o impacto que ele pode causar nos negócios e na vida pessoal.

Muitos apenas admitem isso quando há dívidas vencidas e as cobranças se avolumam.

Nessa fase é importante levantar todas as informações que puder sobre suas dívidas (taxas, garantias, contratos) e sobre a sua atividade operacional, como receitas, custos de produção, despesas fixas e principalmente, como você entende que será o futuro do seu ramo de atividade.

Com essas informações monte um fluxo de caixa que irá mostrar o quanto lhe sobrará ou faltará a cada mês para, só assim, mensurar qual é o real tamanho da sua dificuldade, podendo assim, enfrentá-la com as ferramentas mais indicadas, que são:

1. Consulte uma assessoria econômica para ajudar a avaliar o seu fluxo de caixa e a traçar um plano estratégico de curto e longo prazo, que pode ser renegociar as dívidas de forma amigável ou indicar a contratação de um escritório de advocacia. Vai depender de cada caso, sendo que, quanto antes tomar a decisão de agir facilita negociações amigáveis. Todavia, tenho observado que muitas instituições financeiras estão forçando os credores a procurarem a justiça, não facilitando com alongamento da forma de pagamento e redução das taxas de juros. Nesse caso a assessoria jurídica é essencial.

2. Identifique e trabalhe nas causas que lhe trouxeram até a situação atual. A dura realidade mostra que os sinais das dificuldades há muito tempo estão latentes nas empresas e por falta de planejamento e ação antecipada, culminaram na crise atual. A economia é cíclica e tem altos e baixos. A regra do sucesso é aprender a navegar olhando para um mapa (planejamento) que sinaliza onde pode haver problemas para que o capitão esteja preparado caso os mesmos se confirmem. Um diagnóstico nessa primeira etapa pode eliminar fontes de desperdício e encontrar caminhos alternativos para decisões mais acertadas.

3. Esteja sempre pronto para negociar. Um dos erros do devedor é não atender mais os credores. Exponha a sua situação e esteja preparado emocionalmente para as duras críticas. As críticas irão fazer de você uma nova pessoa quando atravessar o período conturbado e também conhecer aqueles que são realmente seus parceiros na hora das dificuldades. Não se surpreenda se aqueles que você entende como amigos lhe virarem a cara. Documente tudo o que puder em relação as propostas que fizer ou receber. Seja sempre transparente quando tratar de suas dívidas, afinal é fato que tem dívidas e que há uma situação a ser resolvida. Se você é o credor, vai uma dica: Um momento de crise não adianta apertar demais o devedor, pois você pode ficar sem nada.

4. Elabore um plano de ação para recuperar a empresa e sua vida. Se tiver bens que pode desfazer, desfaça, mas tem que ser para realmente resolver o problema e permitir que você respire novamente tomando fôlego para conquistar novos horizontes e até mesmo recuperar os bens que deixar pelo caminho. Mas parta para a ação. Elaborar um plano e não colocar em prática nada resolve.

5. Espere o tempo passar. Bem assessorado economicamente e juridicamente, irá perceber que o tempo vai ajudar a resolver seus problemas. Nessa fase é preciso muito “estomago” e “sangue frio” para suportar as pressões, porém quando todos os esforços não te permitem resolver as suas dificuldades, recolha-se em seu local sagrado, com as pessoas que lhe compreendem e lhe apoiam e acredite que o tempo é o remédio que o Senhor nos dá para que as adversidades passem. Não é fácil, mas é necessário.

Concluindo, se você está sentindo-se um fracassado na etapa perdedor do ciclo da superação, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima:

1. reconhecendo qual a sua situação atual, como e porque chegou nesse estágio;

2. Planejando as mudanças;

3. Compartilhando com especialistas que lhe mostrarão os melhores caminhos e também com as pessoas que você sabe que te querem bem (desabafar é necessário);

4. Colocando em prática o plano de ação desenvolvido por você e por profissionais que te apoiam;

5. Esperando o tempo passar.

Aproveite o mês da páscoa e volte a respirar livremente com uma nova etapa de vida. Quer falar comigo sobre as dificuldades de seus negócios? Escreva para marcos@mbfagribusiness.com ou marcos@marcosfrancoia. com.br. Me siga nas redes sociais.

Marcos Françóia

Consultor Empresarial, Professor, Palestrante e Coach marcos@mbfagribusiness.com